Uma biblioteca REAL... onde a realidade se mistura com a ficção, onde impera a fantasia e sobeja a imaginação. Descobre as mil e uma histórias maravilhosas que a biblioteca tem para te oferecer.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS
A exposição está aberta a toda a comunidade educativa. Os visitantes poderão apreciar dezenas de trabalhos realizados pelos alunos do sexto ano da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica desta escola, com recurso a variados materiais e técnicas, onde os alunos e as suas famílias procuram plasmar as suas memórias associadas ao Natal.
A partir do dia 18, os presépios estarão em exposição na biblioteca da Junta de freguesia de Real até ao dia 7 de Janeiro
O Grupo de Educação Moral e Religiosa Católica de Real
domingo, 12 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Encontro com o escritor Pedro Seromenho

O encontro, integrado na Feira do Livro, terá dois momentos: um às 10.00h que incluirá um trabalho mais próximo com os alunos do do 6ºB e do 7ºC; e outro destinado sobretudo aos alunos do 6ºA e do 6ºD.
Ainda que se desenvolva um trabalho mais específico com estas turmas, todos os membros da comunidade escolar estão convidados a conversar com Pedro Seromenho.
A vinda do esritor à nossa escola é para todos motivo de orgulho e de alegria...É também um acontecimento que deve merecer de todos nós uma atenção especial.
Até lá, dá uma olhadela nos livros que JÁ temos ao teu dispor na Biblioteca.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
O Jazz vem à escola

Feira do Livro

No dia 7, a feira estará aberta em horário nocturno (20.30h-22.30h)para que possas vir com os teu pais/encarregados de educação. Neste período, poderás participar num seminário "O Jazz vem à Escola".
No dia 9, contaremos com a presença do escritor Pedro Seromenho, em dois momentos distintos: 10.00h e 15.00h.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Informar para a literacia: sessão de formação

Esta sessão será ministrada pelo Coordenador da Biblioteca, José Barroco, e visa reflectir sobre as competências de informação que em cada momento poderão ser trabalhadas com os alunos na BE e na sala de aula, que modelos de literacia da informação poderão ser usados de forma consistente como metodologia para a pesquisa e uso da informação. Esra sessão tem ainda como objectivo conduzir à uniformização de critérios relativos às várias etapas que dizem respeito à realização de trabalhos, desde a selecção do tema à sua impressão, passando pela apresentação, pela estrutura, pelas citações e bibliografia.
A sessão destina-se a todos os docentes do Agrupamento e poderão inscrever-se através do e-mail da biblioteca ou através da ficha de inscrição disponibilizada na sala de convívio.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
LER PARA CRER

Leio, porque gosto de mergulhar nos universos ficcionais que os escritores me oferecem. É uma excelente forma de “conviver e conversar” com os autores, de viajar no espaço e no tempo, uma libertação para o espírito, um alento para a alma e um inigualável exercício mental, pois todas as personagens, todas as acções, todos os cenários são reinventados por nós, os leitores, enquanto lemos. Ver televisão é agradável, mas é passivo, adormece e atrofia a imaginação, provoca a obesidade cerebral. Tudo nos é aí apresentado de forma acabada, completa e sedutora. O nosso intelecto é convidado a contemplar, deixar-se envolver e fascinar, sem ter de procurar alimento, como um passarinho de gaiola.
Escolhi este livro, porque foi, de facto, a última história que li, mas também pelo seu conteúdo, como é óbvio, que é intemporal, universal, adequando-se perfeitamente aos dias de hoje, uma época marcada pelo culto da aparência, da vaidade, do materialismo, da imagem exterior que se pretende impingir à sociedade. Hoje, pouca gente tem tempo para descobrir o príncipe ou a princesa que há no interior de cada um. Contam mais os títulos, as roupas, os carros, as marcas, os electrodomésticos, as férias que se ostentam e apregoam… Hoje, há demasiadas pessoas parecidas com as irmãs da Bela e com a mãe da Cinderela. A proporção é esmagadora. E são essas pessoas que, por infeliz regra, mais trepam na escala social e profissional. Talvez por isso o país…
ACONSELHO VIVAMENTE A RELEITURA, com os olhos do cérebro, das histórias que a sapientíssima tradição oral e os grandes génios da dita literatura infantil nos deixaram. Estou convicto de que muitos dos adultos de hoje jamais as entenderam, jamais as incorporaram enquanto alertas, lições de vida, valores intrínsecos pertencentes ao melhor tesouro da nossa humanidade. Nos tempos que correm, aconselho vivamente os jovens a relerem a história Os três Porquinhos e o Lobo Mau, a fábula A Cigarra e a Formiga, O Gato das Botas Altas e, como é óbvio, O Capuchinho Vermelho. Aos adultos, aconselharia a leitura atenta do conto já referido — A Bela e o Monstro — e Pinóquio.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
VISITA À QUINTA PEDAGÓGICA

Quando lá chegámos vimos que tinham deitado adubo químico na relva. Vimos uma nogueira na nossa frente e, quando olhamos para o lado esquerdo, vimos em painéis, várias raças de gado bovino. Aquilo era um espanto. Então corremos imediatamente para lá.
Depois conhecemos a dona Imelda que nos ensinou através de Expressão Plástica, a fazer sininhos para pendurarmos na árvore de Natal, com material reciclado. Saímos de lá com o nosso sininho, contentes, alegres e satisfeitos.
Tivemos um pequeno intervalo onde nos sentámos nos bancos da quinta a lanchar. Brincámos então um pouco.
Esperámos um bocado, até que apareceu o Sr. Pinto que era o guia da visita.
Começámos, por ver as plantas. Primeiro, vimos o limonete ou a lúcia-lima. Tinha um aroma perfumado! Havia um canteiro que tinha couves com o caule pouco desenvolvido, isto é, tinham sido plantadas há pouco tempo. A seguir, vimos os morangueiros com alguns morangos. Continuando o nosso caminho, observámos as ervilhas a nascerem pouco a pouco. Mais à frente, o Sr. Pinto mostrou-nos as fabas e, como se desenvolviam! Havia três opções: virar à esquerda, à direita ou seguir em frente. Nós escolhemos seguir em frente. Vimos a erva - cidreira onde o Sr. Pinto arrancou um raminho para nós cheirarmos e, para além disso, explicou como se fazia o chá de cidreira assim como os seus benefícios para a nossa saúde. Olhámos para a tília que era uma árvore, cuja flor também tem características medicinais. Pelo caminho em diante, conseguimos observar as camélias ou como vulgarmente lhe chamamos «japoneiras».
Entretanto, fomos ver os animais. O primeiro animal que nós vimos foi uma porca que pesa 151 quilos e que tem cinco bacorinhos que são pequeninos e gordinhos!
Lá na quinta há um campo cheio de erva onde as ovelhas e os carneiros podem comer ou em liberdade.
Os animais que nós vimos a seguir foram os cães, o pombo - comum, a galinha – sedosa e o faisão dourado, as rolas e os piquitos. Há lá um cão grande, branco e tem o pêlo enrolado.
Já estávamos no fim e o nosso guia levou-nos até às “Plantas Aromáticas e Condimentares” onde conseguimos observar o alecrim, a alfazema ou a lavanda, a erva de S. Roberto, a hortelã-pimenta, a nêveda, o orégão, o serpão, o louro, o ginkgo, o tomilho e a salsa.
Quando acabámos a visita reparamos que já eram 12:45 horas.
Gostámos muito da visita porque aprendemos a distinguir e obter diferentes aromas e cores da Natureza, que nos fizeram perceber porque devemos respeitar a Natureza.
Trabalho realizado por Joana Monteiro e Ana Rita Monteiro
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Em Bom Português

Israel Ramoa, 5ºC
Ana Carvalho, 6ºA
Ana Catarina, 6ºA
Ana Silva, 6ºA
Patrícia Santos, 6ºA
Catarina Alves, 6ºB
Daniela Oliveira, 6ºB
Ana João, 6ºD
Ângela Cardoso, 6ºD
Francisco Moura, 6ºD
João Pereira, 6ºD
Loanne Pinto, 6ºD
Margarida Santos, 6ºD
Vânia Baptista, 6ºD
Mariana Azevedo, 7ºA
Ricardo Pereira, 7ºC
Tiago Gonçalves, 7ºC
Ana Rodrigues, 7ºF
Catarina Costa, 7ºF
Ana Simões, 8ºB
Bárbara Pontes, 8ºB
André Serra, 8ºC
Cláudia Cunha, 8ºE
Diana Pereira, 8ºE
Paula Costa, 8ºE
Ana Machado, 8ºF
Joana Mendes, 8ºF
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Era uma vez...
No dia 5 de Novembro de 2010, o 6ºC foi à Escola EB1 de Real realizar a actividade "Era uma vez..." em articulação com os alunos do 4ºK. A turma foi recebida com muita amizade, dedicação e carinho.
O 6ºC leu contos, adivinhas e poemas, entre os quais, o "Voando nas Asas da Fantasia", do nosso manual de Língua Portuguesa.
Os meninos do 4º ano cantaram uma bonita canção popular e leram um texto divertido sobre a pontuação. Estávamos muito ansiosos, apesar de já realizarmos esta actividade há três anos, quando ainda frequentávamos o 4º ano.
No final, regressámos à escola animados por estes belos momentos de partilha com os nossos colegas mais novos.
Foi muito divertido!
Alunos do 6ºC
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
CONCURSO DE LEITURA

No concurso, que decorrerá até ao dia 5 de Janeiro, podem participar todos os alunos do 3º ciclo da Escola EB2,3 de Real e as inscrições decorrem até ao dia 30 de Novembro.
As obras seleccionadas para leitura são as seguintes:
8º Ano de escolaridade: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
9º Ano de escolaridade: O Principezinho
Para saberes mais pormenores, consulta aqui o regulamento.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
A AVENTURA DOS DESCOBRIMENTOS
Clica na imagem e aprende, enquanto te divertes.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010
OS GRILOS E OS MENINOS

Certo dia ele foi à floresta investigar e tirar algumas amostras de plantas e insectos e, de repente, encontrou um grilo que cantava muito bem. Decidiu apanhá-lo e levá-lo consigo para casa. Quando chegou a casa, o menino quis mostrar o seu grilo aos pais, mas ao abrir a tampa da caixa, o grilo saltou e foi para o outro lado da cerca.
O rapaz foi atrás dele, caminhou, caminhou, caminhou… Só parou numa aldeia vizinha, onde encontrou um grupo de rapazes.
Entre os gaiatos, o menino, de seu nome Luís, encontrou um amigo que já não via há muito tempo. Entusiasmado, dirigiu-se a ele:
– Miguel, Miguel, ainda te lembras de mim?
– Sim. Brincámos juntos na floresta com a minha bola de capão. Foi um dia muito divertido, não foi?
– Se foi… Nunca me irei esquecer.
Os dois amigos deram um grande abraço, enquanto relembravam os tempos anteriores. Enquanto conversavam e davam umas boas risadas, o Luís lembrou-se da razão porque estava ali, e pediu ao Miguel a sua ajuda para encontrar o insecto. Mais alto do que o Miguel, o Luís caminhava aceleradamente com os seus cabelos loiros abanando ao vento e os seus olhos azuis reflectindo a luz do sol. Durante a caminhada, o Miguel tropeçou numa pedra e magoou-se no joelho. O Luís desinteressou-se, de imediato, da procura do grilo e foi a passo apressado pedir ajuda. Pelo caminho, para seu espanto, encontrou o grilo debaixo de uma folha de um carvalho. Ficou todo contente por o ter encontrado, contou-lhe o sucedido e pediu-lhe auxílio.
O grilo tentou acalmá-lo e exclamou:
– Tive uma grande ideia!
O grilo desatou, então, a correr e o Luís, pasmado, seguiu-o ansiosamente.
O pequeno animal parou junto a uma grande árvore, frondosa e com muitos séculos de vida. Aí, o grilo começou a cantar a mais bela melodia até hoje ouvida. De repente apareceram os seus amigos. Entre estes, havia um com uma aparência mais madura – era o ancião - que se abeirou do grilo e lhe perguntou, com a voz rouca e cansada:
– Meu jovem, que se passou para nos teres chamado?
– Um amigo nosso, de raça humana, magoou-se no joelho, junto ao grande rio. Como não há ajuda por perto, pensei que vós o podíeis ajudar – respondeu o grilo.
O ancião, experiente na arte medicinal, disse num tom grave e arrastado:
– Claro que ajudarei.
Começaram a dirigir-se para perto do rio e quando lá chegaram começaram a tratar o joelho do rapaz, com muito cuidado.
Num ápice, o joelho do garoto começou a melhorar. O ancião continuou o seu trabalho e pegou nalgumas folhas e enrolou-as à volta do joelho magoado do Miguel.
O Miguel, muito agradecido pela ajuda do ancião, disse, enquanto se punha a pé a custo:
– Obrigado, agora estou melhor e…. Não me esquecerei do que fizeram por mim. Muito obrigado!
A caminhar lentamente, porque o joelho não estava 100%, os amigos, antes dois, agora três, retomaram o caminho de regresso. Pelo caminho encontraram uma caixa idêntica àquela em que o Luís guardara o seu grilo, mas de cor diferente. De imediato, o Luís precipitou-se para a apanhar, mas foi o Miguel que, mesmo lesionado, a agarrou.
Abriu-a, então, cuidadosamente e lá dentro encontrou um pequeno grilo magoado e com cara de sofrimento. Decidiu logo auxiliá-lo, com ajuda claro, do seu também agora amigo grilo Flautas.
Levaram-no para casa e lá cuidaram-no como se se tratasse do mais importante ser humano. Afinal, aqueles animais também tinham sentimentos… e nobres! O grilo ficou em casa do Miguel durante vários dias até que, já curado, decidiu regressar à floresta para junto dos seus.
Claro que esta relação entre grilos e seres humanos se espalhou pela floresta e pelas cidades e aldeias vizinhas. O Luís voltou para casa e contou ao seu amigo Américo; o Américo partiu-se a rir e ligou ao Fernandino a contar a história que o Luís lhe tinha acabado de transmitir; o Fernandino, depois de ouvir a aventura que o Américo lhe tinha contado, foi ter com os colegas da escola e relatou o acontecido... O grilo Flautas não se cansou de cantar a história aos amigos Palhetas, Viola, Violino, Bateria, Corda Vocal…
Escusado será dizer que daí em diante nem os seres humanos apanharam grilos para enclausurar em pequenas gaiolas nem os grilos invadiram os campos devorando as culturas.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
DIA DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

A biblioteca da nossa escola junta-se às bibliotecas escolares do país e comemorará este dia com duas actividades de leitura e de escrita ININTERRUPTAS que se iniciam às 9h e terminam às 17h.
A actividade de leitura centra-se na leitura de textos do livro “Canja de Galinha para a Alma” (Jack Canfield, Mark Hansen). A actividade de escrita resultará num texto conjunto, elaborado por turmas participantes.
As turmas já estão seleccionadas, como podes ver na tabela que se apresenta, mas podes aparecer e participar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010
A CAIXA DA VIDA

Tudo começou há um mês atrás, enquanto estava a fazer uma limpeza ao meu quarto. Enquanto limpava o pó dos majestosos e imponentes móveis do meu antigo quarto, encontrei um papel. Nesse papel estava escrito uma morada e a frase: «Segue a morada para mudar a tua vida». Fiquei surpreendido e guardei a mensagem no bolso.
No dia a seguir, logo depois de terminarem as aulas, fui ter ao sítio indicado pela morada. Deparei-me com uma casa abandonada e feia, que me parecia familiar. Abri o pequeno portão de ferro e atravessei o jardim cheio de ervas mortas e flores murchas. Subi as escadas de madeira velha até à entrada. Rodei a maçaneta, que outrora fora muito utilizada, e dei um passo em direcção ao interior da casa. A madeira do chão rangia e as teias de aranha cobriam as paredes daquela velha habitação. Depois de alguns passos, reparei numas escadas escondidas atrás de uma grande e gasta poltrona. Subi as escadas de pedra e entrei numa sala que se parecia com um sótão. Dirigi-me à única coisa lá existente: uma caixa de madeira com dobradiças de prata e cadeado de aço. Tentei abri-la, mas estava fechada. Olhei para o relógio e fiquei assustado; já tinha passado mais de uma hora e meia desde que saíra da escola. Tinha que desaparecer dali para fora o mais rápido possível. Quando estava a sair, escorreguei num papel e caí no chão de madeira gasta. Olhei para o chão à procura do que me tinha feito escorregar. Vi um papel e peguei nele. Li-o numa velocidade estonteante e saí daquele lugar.
Quando cheguei a casa, fui para o meu quarto e reli o papel. Sorri quando acabei de o ler. Aquela folha que fora colorida de amarelo pelo tempo exibia, a letras grandes, as palavras: «Estás perto da felicidade». Não sabia porquê, mas aquelas quatro palavras alegraram-me a vida.
Nos dias seguintes, a minha vida mudou. A esperança de algum dia voltar ao sótão daquela casa foi o meu alimento espiritual durante muito tempo.
Com a minha nova vida, tudo melhorou. Passados uns anos, saí da universidade com um doutoramento na mão e pouco depois trabalhava no melhor hospital de Washington D.C. A minha vida corria cada vez melhor, e a esperança de voltar e abrir aquela caixa aumentava a cada segundo.
Num dia chuvoso, decidi voltar à casa abandonada. Decidi que aquela caixa misteriosa já me tinha feito feliz e que agora tinha de descobrir o que estava dentro dela.
Enquanto atravessava o jardim da casa abandonada, agora já sem relva, memórias antigas vieram-me à cabeça. Lembrei-me de ser um miúdo deprimido e solitário, apenas com os seus pensamentos como amigos. Mas agora estava diferente. Já não era nenhum miúdo e era bem-sucedido. Tinha um salário mensal que quase ultrapassava o valor da sua casa e tinha dois filhos e uma mulher que amava. Nada podia melhorar.
Subi as escadas de madeira que davam para a entrada e, outra vez, rodei a maçaneta coberta de musgo. Pisei novamente o chão de madeira rangente e subi as escadas que davam para o sótão que tinha mudado a minha vida.
Fui a correr para perto da caixa com dobradiças de prata e toquei-lhe pela segunda vez. Seguidamente, perguntei-me onde estaria a chave. Procurei no sótão, mas não encontrei nada. Depois procurei no resto da casa. Novamente nada. Estava prestes a desistir, quando me lembrei, não sei porquê, do meu avô. Lembrei-me da tórrida manhã de Verão em que morreu. E lembrei-me do que ele me tinha dado enquanto estava no leito da morte.
- É isso! – gritei.
Fui a correr para casa e abri a gaveta da minha mesa-de-cabeceira. Procurei entre as minhas tralhas e encontrei-a. A chave que o meu avô me tinha dado.
Naquela manhã em que ele faleceu, ele pediu à minha mãe para falar comigo em privado. Naquela altura tinha apenas dez anos.
- Neto, vou-te dar uma coisa e quero que a uses quando o momento chegar. – dissera o meu adorado avô.
- O quê?
- Uma chave.
Lembro-me de ter ficado desiludido quando disse aquilo.
- Irás usá-la um dia e perceberás a grande dávida que este pequeno pedaço de ferro é.
E naquele dia chuvoso em que voltei àquele sótão, eu tinha percebido.
Quando cheguei novamente ao sítio onde a caixa estava guardada, agora já com a chave, corri o máximo que pude até ela. Agora tinha chegado a hora. A hora de ver o que estava dentro da caixa que me tinha dado força para lutar e para chegar até onde estava.
Coloquei a chave no cadeado e rodei duas vezes para a direita. O cadeado fez um barulho e abriu-se. Agora só faltava levantar o tampo. Pus as minhas mãos nas extremidades e puxei o pesado tampo de madeira. Olhei para dentro e fiquei mais surpreendido que imaginava. Dentro da caixa não havia…nada. A caixa estava vazia. Fiquei a olhar para ela, desapontado, durante muito tempo. Até que percebi o seu significado. Aquela caixa tinha-me dado a esperança que, qualquer dia, a minha vida iria mudar. Sem me aperceber, a minha vida tinha mesmo mudado. Eu não precisava de nenhum objecto para alterar a minha vida. Apenas precisava de acreditar.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A MENINA QUE ODIAVA LIVROS
Então vê esta pequena animação sobre uma menina, Nina, que odiava livros e...
Descobre tu o fim da história.
Vais gostar e, quem sabe, mudar de ideias.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
PARABÉNS!!!
São 15 anos de muita dedicação, trabalho e alegria...
Que este lema, continue por muitos e longos anos.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
PRÉMIO NOBEL DA LITERATUDA DE 2010

Da sua vasta obra destacamos: A Cidade e os Cães (Prémio Biblioteca Breve, 1962; Prémio da Crítica Espanhola, 1963), A Casa Verde (1967; Prémio Nacional do Romance do Peru, Prémio da Crítica Espanhola, Prémio Rómulo Gallegos), Conversa na Catedral (1969), Pantaleão e as Visitadoras (1973), A Tia Júlia e o Escrevedor (1977), A Guerra do Fim do Mundo (1981; Prémio Ritz-Hemingway – 1985), História de Mayta (1984), Quem Matou Palomino Molero? (1986), O Falador (1987), Elogio da Madrasta (1988), Lituma dos Andes (Prémio Planeta, 1993), Como Peixe na Água (1993), Os Cadernos de Dom Rigoberto (1997), Cartas a Um Jovem Romancista (1997), A Festa do Chibo (2000) e o Paraíso na Outra Esquina (2003).
Foi galardoado com muitos dos mais destacados prémios literários internacionais, entre eles o Prémio PEN/Nabokov, o Prémio Cervantes, o Prémio Príncipe das Astúrias e o Prémio Grinzane Cavour e agora o Prémio Nobel.
Artigo retirado de: www.portaldaliteratura.com
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O INCRÍVEL RAPAZ QUE COMIA LIVROS
OUVE este livro, que contém uma história sobre um rapaz que (imagina!!!) comia livros.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
HORA DO FILME "O Rapaz do Pijama às Riscas"

Depois de veres o filme, vais querer ler o livro O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyn.
Procura o livro na biblioteca, pois vais adorar… A leitura é fácil, embora te vá despertar sentimentos inesperados.
Lê aqui o que um aluno de outra escola escreveu sobre o livro.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Hora do Conto e Hora do Filme
Também já podes VER aquele filme fantástico, numa sessão que se realiza quinzenalmente, às 13.30h.
Aparece na biblioteca e diverte-te!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Clube Contadores de Histórias

A História dos brincos de penas
Eu, índia Pé-Chato, da tribo dos índios Sempre-em-pé, vou contar-te esta história que se passou comigo, embora não pareça ser verdade.
Bem, é claro que algumas coisas não se passaram exactamente como aqui vão contadas, mas é assim que me lembro delas.
Sei que gostas de histórias, sobretudo à hora de dormir, então aqui vai uma para te fazer sonhar.
É a história de... um par de brincos tão especiais que não há outros iguais no mundo inteiro! Ora presta atenção...
Não vou começar por «Era uma vez», porque já ouviste muitas histórias que começam assim e não gostas de repetições. Cá vai então...
Estava um dia muito luminoso. Era o início da Primavera, estação radiosa na verdejante planície da Águia Tonta.
Todas as coisas criadas por Deus brilhavam de forma especial naquela manhã.
O pequeno índio Pé-de-atleta levantou-se bem cedo como é seu costume — especialmente no tempo quente — e pôs-se a correr pelo vale entre as montanhas cheias de rochedos e árvores tão antigas como o tempo.
Lá foi ele, tropeçando, aqui e ali, em caricas de Coca-Cola e caixas de Chiclets vazias (que o velho Oeste já não é o que era, por causa daquilo a que chamam progresso).
O pequeno índio costuma fazer exercício todas as manhãs, porque o pai, o índio Pé-Grande, lhe disse que só assim ficará alto e forte como ele (convém dizer que o índio Pé-Grande pesa mais de 100 quilos, todo nu, só com o colar de dentes de jacaré ao pescoço).
Ora, a certa altura, Pé-de-atleta parou um pouco para descansar e recuperar o fôlego. Foi então que viu cair, mesmo à frente do seu nariz arrebitado (o único nariz arrebitado da nossa tribo), seis pequenas penas de cores diferentes que, estranhamente, poisaram aos seus pés com toda a suavidade.
Pé-de-atleta baixou-se, recolheu as penas com cuidado para não as estragar e, de novo em pé, pôs-se logo a olhar para o céu…
Nem sombra de ave, qualquer que fosse! Nem condor, nem águia, nem abutre.
O pequeno índio voltou a olhar para as penas que tinha na mão.
Eram bonitas! Seriam mesmo de pássaro como pareciam? Talvez fossem penas de anjo, mas, segundo ouvira o professor Pé-Calçado dizer, as penas de anjo são sempre brancas — mais ainda do que a neve que cobre as montanhas no Inverno —, brancas e muito brilhantes, como se tivessem o Sol lá dentro. Já o vigilante da escola, o índio Pé-Descalço, garantira que os anjos maus tinham penas pretas, mas ninguém ligava muito ao que ele dizia. Na verdade, a sua ambição era ser o curandeiro da tribo, mas tinha ficado desclassificado no concurso por ser tão ignorante que não sabia distinguir uma gota de veneno de serpente cascavel de uma lágrima de crocodilo…
Pé-de-atleta voltou a olhar o céu com toda a atenção como quando seguia o voo de um papagaio de papel que escapara das mãos de um menino da grande cidade, ou quando procurava descobrir uma estrela nova. Porém, nada avistou. Nem ave nem anjo voavam por aquelas bandas naquela manhã.
Intrigado, o nosso amigo guardou as penas e dirigiu-se para a aldeia.
Pela altura do Sol, viu que já eram horas de se apresentar no tipi (nome dado a uma tenda índia) da sua tia Pé-de-meia.
Bem se lembrava de que a tia Pé-de-meia prometera dar-lhe um colar de dentes de urso (já usado) quando ele completasse dez anos de idade, o que acabara de acontecer, na véspera.
Uma promessa é uma promessa! Um índio sabe que deve cumprir o que prometeu.
E Pé-de-atleta lá foi, apressando o passo, de cabelo ao vento, entre voos de insectos coloridos.
A tia Pé-de-meia estava sentada confortavelmente dentro do seu tipi.
Via-se que estava concentrada a coser uma manta muito velha que já tinha dez remendos e cheirava a tantas coisas que atraía coiotes e lobos, mesmo que passassem a
grande distância.
Curioso sobre o seu achado, o pequeno índio resolveu perguntar-lhe se ela sabia a quem teriam pertencido as penas que trazia consigo.
A resposta da tia Pé-de-meia não se fez esperar.
— Ao Tio Patinhas — disse ela, para quem o Tio Patinhas era o pato mais interessante de que ouvira falar. De facto, ele era o ídolo que tanto desejava conhecer, por ser quase tão poupado como ela.
Neste momento, entrou no tipi da tia Pé-de-meia o índio Pé-de-salsa, ajudante do cozinheiro do Chefe da tribo, que vinha trazer uns biscoitos que o cozinheiro Pé-de-porco fizera. Pé-de-salsa ouvira a resposta da tia Pé-de-meia e deu logo a sua opinião: — Toda a gente sabe que as penas do Tio Patinhas são brancas. — Então, pensou um pouco e acrescentou:— Eu digo que são penas de falcão.
Cada vez mais intrigado, o pequeno índio Pé-de-atleta agradeceu à tia o presente que recebera: o colar (muito usado mas ainda com três dentes em bom estado, os restantes estavam cariados ou partidos).
Em seguida, provou um biscoito e despediu-se.
Depois, foi para o seu tipi esperar pela hora da reunião da tribo à volta da fogueira. Nessa altura, segundo esperava, iria satisfazer a sua curiosidade porque algum dos mais velhos haveria de saber dar-lhe uma resposta clara. Os mais velhos sabiam coisas incríveis — até os nomes das estrelas, que eram mais do que todos os antepassados da tribo juntos!
O feiticeiro da tribo estava de férias, numa praia do Brasil. Assim, quando a noite caiu — catrapuz! — sobre a aldeia, o ajudante do feiticeiro, o índio Pé-de-escuteiro, foi buscar lenha e fez a fogueira com todo o rigor, como só ele sabia fazer.
Quando já se via uma bela chama a sair dos ramos, Pé-de-escuteiro abanou a cabeça para cima e para baixo, satisfeito.
A fogueira estava magnífica, digna do índio mais exigente do planeta!
Então, pôs-se a cantar para chamar toda a gente.
Como cantava alto e francamente mal, todos vieram a correr, como sempre, para evitar que caísse sobre a aldeia uma carga de água pesada, acompanhada de raios e trovões. Na realidade, essa calamidade já acontecera porque nem as nuvens suportavam tal cantoria!
Reunidos à volta do fogo, todos começaram por ouvir os mais velhos dizer mal do reumatismo, da tribo Pés-na-terra (grande rival nos jogos e nas lutas) e do seu chefe, o terrível Ponta-Pé.
Em seguida, Pé-Direito, o curandeiro, mergulhou um dedo em mercurocromo e fez dois riscos na cara. Depois, fechou os olhos. Via-se que tinha entrado em grande concentração.
A certa altura, levantou-se e apresentou a sua dança especial para reuniões, ao som de uma cantiga cuja letra só ele sabia, porque lhe tinha sido ensinada pela sua bisavó Pé-Atrás (que pertencia a uma tribo que falava outra língua). De qualquer maneira, segundo parece, tratava-se de uma canção sobre a melhor maneira de fazer uma bebida mágica à base de gengivas de escaravelho, pestanas de lagartixa e unhas de bisonte, com muito piripiri, seiva de cacto e água-pé. Uma bebida para animar os adultos mais tímidos nos serões da tribo.
Depois da dança, fez-se silêncio. Então, o pequeno Pé-de-atleta levantou-se e pediu a palavra para perguntar, mostrando as penas, se alguém sabia de onde teriam vindo. Explicou que não tinha encontrado uma única ave no céu, naquela manhã, o que até podia jurar meia dúzia de vezes, depois de cuspir na mão esquerda e cortar a unha de um dedo do pé, se fosse mesmo necessário.
O primeiro que ali deu a sua opinião foi o índio Pé-de-cabra, que já tinha estado preso por roubar cavalos à tribo vizinha.
Este índio ambicionava entrar num anúncio de televisão a uma marca de cigarros muito famosa, mas, na verdade, não tinha cavalos que o fizessem brilhar como gostaria.
— São penas de faisão — disse Pé-de-cabra, com ares de entendido, atirando a trança para trás das costas, de rompante, fazendo rir a sua mulher, Pé-no-chinelo.
— Qual quê?! — atalhou a índia Pé-de-galinha, que era, juntamente com a sua irmã gémea, a mulher mais velha da tribo e que já via mal (mesmo com a sua inseparável lupa). — Bem se vê que são penas de abutre. — E, em seguida, perguntou à irmã (que tinha vivido em França e era conhecida por Pied-de-poule): — O que é que tu dizes, mana?
A outra mirou e remirou as penas que o pequeno índio lhe foi mostrar e, depois de as aproximar da ponta do nariz, deu uma resposta esclarecedora, na sua voz roufenha:
— Nem mais!
(continua)

Solução: 1492
Participantes: 62
Vencedores: 26
2º Ciclo
Turma D
António
Bruno
Ivo
Pedro Barroso
Renato Pinto
Turma F
Edgar
Jorge
Rafael
Turma G
João Filipe
6º ano
Turma D
Diogo
Turma E
Bárbara Moreira
7º ano
Turma A
Bárbara
Inês Almeida
Maria Manuela
Mariana Isabel
Turma G
Mara
Rafaela
8º ano
Turma B
Ana Simões
Ângelo
Bárbara P.
Carina
Turma C
Ana Leal
Ana Cerqueira
Andreia F.
Catarina
Turma E
Ariana
quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nº1
Solução:1969
Participantes:87
Vencedores: 46
5º ano
Turma C
Sónia Araújo
Valter
Sara Pinheiro
Diana Monteiro
Turma E
João Rocha
Turma F
Rafael Jorge
Turma G
José Pedro
Fernando
Margarida
Ana Claudia
Margarida
Nuno Gomes
6º ano
Turma B
Ana Rita
Daniela
Leonor
Rui Pinto
Turma C
Hugo
Emanuel
Israel
Turma D
João Pereira
Pedro
Bruno
Beatriz
Beatriz Costa
Sara Silva
Ângela
Ruben
Filipe
Diogo
Margarida
Nuno Machado
Turma E
Bárbara
Turma F
Inês.M
Turma G
Bernardo
7º ano
Turma F
Célia
Turma G
Teresa
Eduardo
Mara
Rafaela
8º ano
Turma A
Ana Grilo
Andreia
Sara Costa
Teresa
Turma D
José Machado
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Clube Contadores de Histórias

A GATA E O SÁBIO
O sábio de Bechmezzinn (aldeia situada no norte do Líbano) era muito rico. Dedicava o melhor do seu tempo ao estudo e a tratar os doentes que o procuravam. A sua fortuna permitia-lhe socorrer os infelizes e toda a gente dizia que ele era a dedicação em pessoa.
Homem piedoso e recto, a injustiça revoltava-o. Muitas pessoas vinham consultá-lo quando tinham alguma divergência com vizinhos ou parentes. O sábio dava os melhores conselhos e desempenhava frequentemente o papel de mediador.
Tinha uma gata a quem se dedicava particularmente. Todos os dias, depois da sesta, ela miava para chamar o dono. O sábio acariciava-a e levava-a para o jardim, onde ambos passeavam até ao pôr-do-sol. Ela era a sua única confidente, diziam os criados.
A gata dirigia-se muitas vezes à cozinha, onde era bem recebida. O cozinheiro não escondia nem a carne nem o peixe, porque ela nada roubava, fosse cru ou cozinhado, contentando-se com o que lhe davam.
Ora, uma tarde, depois do passeio diário, a gata roubou furtivamente um pedaço de carne de uma panela. Tendo-a surpreendido, o cozinheiro castigou-a puxando-lhe severamente as orelhas. Vexada, a gata fugiu e não apareceu mais durante todo o serão.
Intrigado, o sábio perguntou por ela na manhã seguinte. O cozinheiro contou-lhe o que se passara. O sábio saiu para o jardim e durante muito tempo chamou a gata, que acabou por aparecer.
— Porque roubaste a carne? — perguntou o sábio.
— O cozinheiro não te dá comida que chegue?
A gata, que tinha parido sem que ninguém soubesse, afastou-se sem responder e voltou seguida de três lindos gatinhos. Depois, fugiu e trepou à figueira do jardim. O sábio pegou nos três gatinhos e entregou-os ao cozinheiro que, ao vê-los, mostrou uma grande admiração.
— A gata não roubou comida a pensar nela. — declarou o sábio. — O seu gesto foi ditado pela necessidade. Portanto, não é de condenar. Para alimentar os filhos, qualquer ser, mesmo mais frágil do que um mosquito, roubaria um pedaço de carne nas barbas de um leão. A gata limitou-se a seguir o que lhe ditava o seu amor maternal. A conduta dela nada tem de repreensível. O pobre animal está a sofrer por a teres castigado injustamente. Fugiu para a figueira porque está zangada contigo. Deves ir lá pedir-lhe desculpa, para que se acalme e tudo volte ao normal.
O cozinheiro concordou. Tirou o turbante, dirigiu-se à figueira e pediu perdão ao animal. Mas a gata virou a cabeça. O sábio teve de intervir. Conversou longamente com ela e lá conseguiu convencê-la a descer da árvore.
A gata desceu lentamente da figueira, veio a miar roçar-se nas pernas do sábio e foi para junto dos seus três filhotes.
Tradução e adaptação
Jean Muzi
16 Contes du monde arabe
Paris, Castor Poche-Flamarion, 1998
adaptado
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Ano NOVO, biblioteca NOVA

Agora que estás a começar um novo ano lectivo, a tua biblioteca convida-te, desde já, a realizares uma visita para conheceres as novidades: livros, cd's, DVD's; novos espaços; mais conforto e qualidade.
Tudo isto, com o intuito de te servir melhor, para aproveitares, ao máximo, todas as suas potencialidades.
Visita a TUA biblioteca e conhece todas estas novidades!
Estamos à TUA espera!!!
terça-feira, 8 de junho de 2010
Clube Contadores de Histórias
— Acima de tudo, no desempenho das tuas importantes funções, nunca percas a paciência.
Prometeu o mandarim que nunca esqueceria este precioso conselho.Três vezes repetiu o amigo a mesma recomendação, provocando o enfado do mandarim. Quando se preparava para o fazer pela quarta vez, o mandarim exaltou-se e gritou:
— Basta, eu não sou surdo e muito menos sou um imbecil!
Então o amigo, acalmando-o com a mão posta sobre o seu ombro, fez este comentário:
— Podes assim ver como é importante ser paciente. Três vezes ouviste o meu conselho, já não conseguindo dissimular o enfado. À quarta vez não conseguiste controlar a fúria. O que acontecerá quando, no desempenho do teu cargo, tiveres de ser verdadeiramente paciente?
O amigo baixou os olhos para o chão e limitou-se a suspirar.
J. J. Letria
Contos da China antiga
Porto, Ambar, 2002
terça-feira, 1 de junho de 2010
Clube Contadores de Histórias

quarta-feira, 26 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Clube Contadores de Histórias

terça-feira, 4 de maio de 2010
LEITOR DO TRIMESTRE
Dos alunos que mais leram, decidimos atribuir prémio aos seguintes:
BEATRIZ CUNHA, N.º 5, 5º A
DIOGO ARAÚJO, N.º 12, 5º D
BÁRBARA MOREIRA, N.º 5, 5º E

quinta-feira, 29 de abril de 2010
Clube Contadores de Histórias

Colares de pérolas
Joanina e Lionídia eram duas jovens que se preparavam para o primeiro baile.
Vestiam vestidos de seda branca com muita goma e roda, todos enfeitados de lacinhos azuis e cor-de-rosa.
Não haverá hoje raparigas que consintam em usar vestidos destes, mas isto passou-se há muito tempo.
Diante do toucador, ajeitaram ao espelho os caracóis e canudos de cabelo, que as faziam parecer bonecas de porcelana. Sentiam-se lindas. E, efectivamente, sinceramente, estavam.
Chegou a altura dos últimos adornos. Brincos, anéis, pulseiras e um diadema no toucado. Até o espelho pestanejou com tanto brilho.
— Falta o colar — lembrou a Lionídia, enquanto procurava, na sua caixinha de guarda-jóias, o ornamento essencial à perfeição do quadro.
Já Joanina tinha tirado do respectivo guarda-jóias e posto com todo o cuidado ao espelho o seu colar de pérolas, sorrindo, feliz, porque era a primeira vez que o punha. Sentia--se uma senhora, uma dama, um modelo para um retrato a óleo.
Lionídia tinha um colar igual. Ou quase.
— O teu colar é de pérolas falsas — disse Lionídia, olhando de esguelha para o colar de Joanina.
— Como é que tu sabes? — indignou-se ela. — Este colar está na nossa família há várias gerações e sempre foi tomado como verdadeiro.
— É falso. Digo e torno a dizer, porque as tuas pérolas não têm a perfeição nem a transparência leitosa, nacarada, aveludada das minhas.
Isto dito por Lionídia era uma afronta para Joanina.
— E se for ao contrário? — ripostou ela. — Está-me a parecer que as tuas pérolas é que são uma perfeita imitação das minhas.
Enervaram-se. Zangaram-se. Descompuseram-se.
Brigaram. Não fosse estarem tão alinhadas para a festa e, quase de certeza, ainda acabariam por se agarrar aos caracóis uma da outra e espatifar os vestidos brancos, engomados e rodados, com lacinhos azuis e cor-de-rosa…
Uma réstia de boa educação e de bom senso conteve-as.
Para decidirem de uma vez para sempre qual tinha razão lembrou-se uma delas.
— Só há uma prova a fazer. O vinagre!
Quem não souber que aprenda que o vinagre desfaz as pérolas naturais, as legítimas, as fabricadas com sossego e demora, dentro da concha paciente das ostras.
Muito exaltadas e avinagradas, foram buscar à cozinha uma tigela de vinagre.
— Queres ver que o teu colar pelintra não se desfaz — disse a Joanina à Lionídia.
— A porcaria do teu colar é que não vai desfazer-se — disse Lionídia à Joanina.
O resto está-se mesmo a ver. Dissolveram-se no banho de vinagre as pérolas de ambos os colares. Só sobraram para amostra fios e fechos, tão valiosos como duas espinhas de peixe.
E as duas jovens, depois de chorarem muitas lágrimas, abraçadas uma à outra, lá tiveram de ir para o baile sem os seus preciosos colares.
Pobres das ostras que tanto trabalharam a acrescentar, a arredondar e a aprimorar as suas maravilhosas pérolas, para que assim se perdesse o labor de tantos anos num bochecho de vinagre. Dá que pensar.
Adaptação
António Torrado
www.historiadodia.pt
quarta-feira, 28 de abril de 2010
LER PARA CRER
Eu, Alcina Ferreira, Assistente Técnica na escola EB2/3 de Real...
Tenho o hábito de ler desde os 14 anos de idade. Estava no 9ºano de escolaridade quando um dia acompanhei uma colega de turma à Biblioteca Municipal, local onde ela costumava requisitar livros, segui-lhe o exemplo e desde esse dia tornei-me frequentadora assídua da Biblioteca. Lia com avidez tudo que me era permitido naquela idade.
Não me lembro com exactidão qual o 1º livro que li de livre vontade, mas indubitavelmente aquela 1ª visita foi o princípio nunca acabado do gosto pela leitura. Desse tempo, entre os muitos que li, ficaram-me na memória “Morgadinha dos Canaviais” e “Os Fidalgos da casa Mourisca” de Júlio Dinis. Era adolescente num processo de crescimento e de descoberta constante e por consequência uma sonhadora.
Leio porque a leitura me dá prazer, enriquece os meus conhecimentos, ajuda a expressar-me e ter um discurso mais articulado. Por outro lado permite-me “viajar”, conhecer lugares que certamente nunca visitarei e sobretudo faz-me sonhar.
Acabei há dias de ler “Orgulho e Preconceito”.Neste momento estou a ler “Eu Hei-de Amar uma Pedra” de António Lobo Antunes, estou no início por isso, não posso dar um parecer sobre o livro. Há quem diga que os seus livros são ininteligíveis, que se anda de um lado para o outro para os perceber, mas na minha opinião é isto que os torna fascinantes, é preciso parar de ler para pensar no que se leu e retomar a leitura.
O livro que mais me marcou foi definitivamente “Germinal” de Émile Zola, uma obra de 1885 que descreve as condições desumanas de uma comunidade de trabalhadores de uma mina na França. Na sua revolta contra a opressão, os mineiros organizaram uma greve geral, exigindo condições de vida e trabalho mais favoráveis o que os levou a uma vida ainda mais miserável. O livro é de tal forma intenso que várias vezes no decorrer da sua leitura me apeteceu parar, dado o realismo e a crueza dos factos retratados.
Aconselho vivamente“Paula” e “A Soma dos Dias” de Isabel Allende. “Paula” é uma história absorvente, intensa e real, um livro que comoveu leitores à volta do mundo. “A Soma dos Dias” está de algum modo ligado ao primeiro.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
SEMANA DA LEITURA

- Apresentação do livro "Livro d'Água" do escritor Flávio Monte

segunda-feira, 22 de março de 2010
LER PARA CRER

Leio porque não há melhor maneira de passar o tempo livre! Um livro excelente pode tornar a mais aborrecida e degradante das viagens numa aventura incrível e excitante com a nossa personagem favorita! A verdade é que, quando leio, sou completamente absorvida do mundo “real”, deixando a minha mente vaguear nas palavras que descrevem os locais, sentimentos, personagens… Não gosto de deixar as histórias inacabadas e, quando acabo os meus momentos de leitura, passo o resto do dia a pensar no que li e a ansiar por saber o resto dos acontecimentos. Cada livro é uma fonte de acontecimentos, conhecimentos e lições, que têm um significado diferente para cada pessoa, consoante o seu estado de espírito, idade, etc. Mas, mesmo assim, cada um tem ensinamentos para dar em cada caso. Embora as palavras sejam as mesmas, os seus significados podem ser muito diferentes.
Neste momento, estou a ler A Bússola Dourada de Philip Phulman, o primeiro livro da trilogia Mundos Paralelos. Fala de uma rapariga chamada Lyra e do seu génio, a sua alma, pois neste mundo a alma vive fora de cada um, na forma de animal e as almas das crianças não têm forma definida. O livro baseia-se na vida desta menina que, durante uma reunião dos académicos do colégio onde vive, descobre a existência de Pó, substância que vai estar no centro do livro, pois é ela que faz a bússola de Lyra funcionar. A bússola permite a Lyra, (que tem uma capacidade inata para lê-la) saber a verdade sobre tudo. Basta que ela lhe pergunte o que quiser. Este instrumento vai também ser a fonte de conflitos, devido às informações que pode fornecer, além de ser objectivo principal de algumas personagens obtê-la. Espero que Lyra e Pan (Pantalaimon, o seu génio) saibam como protegê-la…
Escolhi este livro porque o seu escritor tem um estilo semelhante ao dos meus livros favoritos, C. S. Lewis e J. R. R. Tolkien, e também porque já vi o filme, que considero excelente. O resumo do livro agradou-me especialmente, pois denota uma história bem concebida.
Estou a gostar porque a personagem principal demonstra uma inteligência, uma astúcia, um atrevimento e uma coragem fora do normal.
O livro que mais me marcou foi o Diário de Helen Keller, que conta a vida de uma menina que nasceu sem ouvir e sem ver e cujo mundo começa a ser iluminado por uma professora que lhe ensina o abecedário através de uma certa combinação de movimentos dos dedos das mãos. Assim, a menina aprende a falar. As suas capacidades de olfacto e tacto mais apuradas chegam até a salvar a sua família de um incêndio doméstico. Este livro marcou-me, porque me mostrou que, com esforço e dedicação, se pode obter tudo, mesmo nas piores condições.
A Minha Família e Outros Animais, de Gerald Durrell, da editorial Presença. Gerald e a sua família mudam-se para Corfu, uma ilha da Grécia, depois de um Verão chuvoso em Inglaterra. Durante cinco anos, Gerald, que tem uma paixão irracional pela natureza, relata as suas intermináveis aventuras naquela bela ilha;
Semana da leitura
As bibliotecas escolares do AE Real em colaboração com os departamentos curriculares de línguas e do primeiro ciclo levarão a cabo entre...

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Era uma vez um menino muito pequenino que gostava muito da natureza. Durante a semana vivia com os pais na cidade e, ao fim de semana, v...
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Escritora inglesa nascida a 11 de agosto de 1897, em Londres, e falecida a 28 de novembro de 1968, em Hampstead...
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A Biblioteca Porto Maia e o Departamento de Línguas da Escola EB2,3 de Real levarão a cabo entre os dias 11 e 16 de março a Semana da Leitur...