segunda-feira, 22 de março de 2010

LER PARA CRER



Eu, Adriana Silva, aluna do 8º E, tive acesso a variados tipos de livros desde pequena, mas só me comecei realmente a interessar pelo seu conteúdo quando a minha professora da escola primária propôs à minha turma a leitura de um livro, à nossa escolha, da biblioteca existente no local. Assim, comecei a desenvolver o meu gosto pela leitura. Inicialmente, era mais atraída pelas ilustrações dos livros e não tanto pelo seu conteúdo, porém, gradualmente, passei a ser mais influenciada pela beleza das palavras e das histórias. Isto não quer dizer que me desagradem as histórias simples, mas que acho os contos complexos mais intrigantes e desafiadores à minha capacidade de compreensão e dedução.
Tenho o hábito de ler livros de ficção científica, banda desenhada, policiais, romances, fábulas, poemas… Gosto de variar no tipo de livros que leio, para não tornar a leitura demasiado contínua sobre um certo tema, devido, principalmente, ao facto de haver livros parecidos, o que, mais tarde ou mais cedo, começa a tornar a leitura um pouco entediante. Adoro ler livros com temas pouco explorados ou abordados, o que torna a leitura mais interessante e agradável. Um dos mais importantes pontos de uma narrativa é o estilo de escrita do autor: quanto mais atractivo for, mais agradável torna o enredo, transformando até uma má história num bom livro.

Leio porque não há melhor maneira de passar o tempo livre! Um livro excelente pode tornar a mais aborrecida e degradante das viagens numa aventura incrível e excitante com a nossa personagem favorita! A verdade é que, quando leio, sou completamente absorvida do mundo “real”, deixando a minha mente vaguear nas palavras que descrevem os locais, sentimentos, personagens… Não gosto de deixar as histórias inacabadas e, quando acabo os meus momentos de leitura, passo o resto do dia a pensar no que li e a ansiar por saber o resto dos acontecimentos. Cada livro é uma fonte de acontecimentos, conhecimentos e lições, que têm um significado diferente para cada pessoa, consoante o seu estado de espírito, idade, etc. Mas, mesmo assim, cada um tem ensinamentos para dar em cada caso. Embora as palavras sejam as mesmas, os seus significados podem ser muito diferentes.

Neste momento, estou a ler A Bússola Dourada de Philip Phulman, o primeiro livro da trilogia Mundos Paralelos. Fala de uma rapariga chamada Lyra e do seu génio, a sua alma, pois neste mundo a alma vive fora de cada um, na forma de animal e as almas das crianças não têm forma definida. O livro baseia-se na vida desta menina que, durante uma reunião dos académicos do colégio onde vive, descobre a existência de Pó, substância que vai estar no centro do livro, pois é ela que faz a bússola de Lyra funcionar. A bússola permite a Lyra, (que tem uma capacidade inata para lê-la) saber a verdade sobre tudo. Basta que ela lhe pergunte o que quiser. Este instrumento vai também ser a fonte de conflitos, devido às informações que pode fornecer, além de ser objectivo principal de algumas personagens obtê-la. Espero que Lyra e Pan (Pantalaimon, o seu génio) saibam como protegê-la…

Escolhi este livro porque o seu escritor tem um estilo semelhante ao dos meus livros favoritos, C. S. Lewis e J. R. R. Tolkien, e também porque já vi o filme, que considero excelente. O resumo do livro agradou-me especialmente, pois denota uma história bem concebida.

Estou a gostar porque a personagem principal demonstra uma inteligência, uma astúcia, um atrevimento e uma coragem fora do normal.

O livro que mais me marcou foi o Diário de Helen Keller, que conta a vida de uma menina que nasceu sem ouvir e sem ver e cujo mundo começa a ser iluminado por uma professora que lhe ensina o abecedário através de uma certa combinação de movimentos dos dedos das mãos. Assim, a menina aprende a falar. As suas capacidades de olfacto e tacto mais apuradas chegam até a salvar a sua família de um incêndio doméstico. Este livro marcou-me, porque me mostrou que, com esforço e dedicação, se pode obter tudo, mesmo nas piores condições.
ACONSELHO-VOS VIVAMENTE A LER:
A Minha Família e Outros Animais, de Gerald Durrell, da editorial Presença. Gerald e a sua família mudam-se para Corfu, uma ilha da Grécia, depois de um Verão chuvoso em Inglaterra. Durante cinco anos, Gerald, que tem uma paixão irracional pela natureza, relata as suas intermináveis aventuras naquela bela ilha;
David Copperfield, de Charles Dickens. O livro conta a história de David, uma criança sem pai, que vai passar algum tempo na casa do irmão da empregada da mãe e que, quando volta, descobre que tem um padrasto. Este acaba por enviá-lo para um colégio interno onde, mais tarde, fica a saber da morte da mãe e do seu irmão recém-nascido. A partir desse momento, a vida de David começa a ficar cada vez pior, até que o seu padrasto decide pô-lo a trabalhar. A história mostra a força de vontade deste rapaz que decide não se render às misérias que rodeiam a sua existência.
Espero que apreciem as minhas escolhas e as minhas opiniões sobre este tema tão vasto.
Adriana Silva

Sem comentários:

Enviar um comentário

Antes e depois do 25 de abril