segunda-feira, 23 de abril de 2012

História do livro

Materiais utilizados

Com a importância que a escrita foi adquirindo ao longo dos tempos, em termos económicos, sociais, políticos e culturais, o livro tem tido, ao longo desses mesmos tempos, bastante importância, na medida em que se tratava (e trata) do único material capaz de armazenar a escrita, principal meio que o homem utilizava na transmissão do conhecimento.
Para a execução da tarefa de escrever, o homem procurou sempre os suportes mais adequados. Os chineses, por exemplo, antes do aparecimento do papel, faziam-na em seda ou noutros têxteis. Os Egípcios utilizavam o linho, assim como os antigos Romanos.



Para além destes materiais, outros foram utilizados, como a madeira ou mesmo folhas de palmeira na Índia, na Birmânia e em Sião. A madeira foi um suporte bastante utilizado no Egipto e em Chipre. Também no Extremo Oriente, os primeiros livros eram escritos em tábuas de madeira ou bambu.
As tabuinhas de madeira apresentavam, todavia, um problema, pois não podiam ser reutilizadas com facilidade, o que levou a que se procurassem outras soluções.
Na Mesopotâmia, generalizou-se o uso da argila. Esta era cortada em placas, que não eram de fácil utilização e transporte. Dado que este material era pesado e pouco maleável, o seu uso não se tornou duradouro.



O papiro surgiu e impôs-se, pois a textura fibrosa do seu miolo era um material que recebia facilmente as tintas, conservava a cor dos pigmentos e era macio para permitir o livre movimento do pincel.
Embora tenha tido uma importância fundamental para a cultura humana, o papiro estava, todavia, longe de satisfazer, pois corria-se o perigo de se furar quando se escrevia, e, para evitar isso, muitas vezes os caracteres feitos pela pena quase não se distinguiam.
Dada a sua fácil deterioração, foi substituído pelo pergaminho (designação derivada de Pérgamo, por ter sido nesta cidade que se aperfeiçoou), que era mais forte e resistente, sendo também o material mais utilizado no mundo medieval.
O pergaminho acabou por ser substituído pelo papel, invenção chinesa trazida pelos árabes para a Europa no séc. VIII, mas generalizada apenas a partir do séc. XIV.


Forma
Tal como os materiais utilizados na feitura do livro foram evoluindo, também a forma do livro se alterou.
Inicialmente o livro apresentava-se sob a forma de rolo. Genericamente, terá acompanhado o uso do papiro.
Depois do rolo, apareceu o códice, constituído por diversas folhas cosidas à maneira de caderno.
A utilização do códice apresentava algumas vantagens, que facilitavam não só a escrita como o manuseamento dos materiais: enquanto o rolo exigia a utilização das duas mãos, o códice podia até ser lido sem o auxílio das mãos se fosse colocado em cima de uma mesa, o que facilitava a leitura, permitindo ainda ao leitor anotar ou criticar o texto lido. Por outro lado, o códice permitia economizar, pois podia escrever-se dos dois lados da folha, o que facilitava também sobremaneira a sua arrumação.

A partir do códice, criou-se a tipologia de livro que hoje conhecemos, que se foi aperfeiçoando ao longo dos tempos, desde o formato mais ou menos pequeno, mais ou menos pesado, ao suporte papel de melhor ou menor qualidade. Por outro lado, aperfeiçoou-se também a apresentação do livro, nomeadamente através da utilização da impressão e do emprego de novas tecnologias, o que tornou a sua escrita e posterior leitura mais fáceis.

Hoje em dia, podemos contactar com outros tipos de livros que se servem do ecrã, os designados e-books. Estes livros eletrónicos são uma espécie de valor acrescentado em relação à edição tradicional, no que se refere à disponibilidade do conteúdo, à transparênciae interatividade do conteúdo, eformato do conteúdo.

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