O Natal de Garrinchas

CONTO DE NATAL EM POESIA - 8ºA

O Natal de Garrinchas

Garrinchas era um velho

De sacola e bordão.

Andava a pedir

dinheiro para comer pão.

A caminho de Lourosa

A sua terra Natal

Caminhada dolorosa…

Nunca tinha feito igual!

Saiu de Lourosa…

Ninguém lhe dava nada!

Agora quer voltar para lá

P’ra passar a consoada!

Durante o seu percurso

Um nevão o atrasou

Com frio e com fome

Na capela se abrigou.

Para do frio se proteger

Uma lareira tentou acender…

O andor destruiu

E perdão à senhora pediu!

Com a fogueira acesa

Para a noite de Natal passar

Pegou em Nossa Senhora

Para o presépio recriar…

E assim a noite se passou…

A solidão combateu!

A falta da família não se notou

E a alegria reinou!

8ºA

Garrinchas
De sacola e bordão
Ia o velho Garrinchas
a pedir esmola ou pão!

A Caminha de Lourosa
Tarefa difícil e custosa!
A neve apareceu
E ele estremeceu…

Como espadas a frio cortava
Mais longe a caminho ficava!
Um casebre no seu pensamento…
Nem pensar em dormir ao relevo!

Uma montanha onde não se via santo…
Ao longe , uma casa vestida de branco!
O velho já mal andava…
Essa ideia o amargava!

Na casa Santa entrou…
Aconchego procurou…
Apenas o fogo o aqueceria…
E vendo a madeira na sacristia…
Pediu perdão a Maria
E o colar encontrou
Naquele andor que desmontou!

Recriou a cena de Jerusalém
que o levou mais além!
Não foi propriamente um Natal
em família
Mas deu-lhe calor e alegria!
E com as lágrimas no rosto, agradecia!

8º C