sexta-feira, 9 de novembro de 2012

LER PARA CRER


Chamo-me Luísa Maria Cruz e sou professora de História e Geografia de Portugal, na Escola EB 2,3 de Real, há nove anos.

Desde a minha infância que os livros foram a minha grande companhia. Lia, não por obrigação, mas porque era uma forma, natural, de ocupar os meus tempos livres. E porquê? Porque ler transportava-me para mundos diferentes, que não conhecia, fazia-me sonhar, fazia-me imaginar.

 Hoje em dia estas características já não pertencem exclusivamente aos livros. Primeiro a caixa mágica, chamada televisão, e mais recentemente todas as novas tecnologias e o mundo virtual, contribuíram para dar uma nova dimensão ao imaginário. Mas nunca poderão substituir o prazer do folhear de um livro, mesmo sem atores, sem cenários, sem efeitos especiais. No livro a paisagem, os sons, os atores… estão na nossa imaginação e, por isso, continuo a achá-lo interessante.

Com o livro eu saboreio , ao ritmo que eu quero, um romance, uma aventura, um policial!

 E foi a partir deste gosto pela leitura que passei rapidamente para o “hábito” de ler. Com os livros da minha infância adquiri a destreza necessária para a prática fluente da leitura. Hoje leio para conhecer novos lugares, novas culturas, para saber mais. Leio para refletir sobre a vida e tentar entendê-la e continuo a ler, frequentemente, por puro entretenimento.

Neste momento estou a ler “O Anjo Branco” de José Rodrigues dos Santos, que me tem surpreendido pela sua excelente e apaixonante descrição da guerra colonial em Moçambique.

 Escolhi este livro porque é um romance baseado em factos reais e apresenta um olhar diferente sobre a guerra colonial.

 No seu livro, José Rodrigues dos Santos envolve o leitor com a sua escrita calma e sedutora. Consegui reviver momentos da minha infância, acompanhando o crescimento do protagonista do romance: José Branco.

 Aconselho a ler este livro fantástico, que proporciona momentos tranquilos de leitura e uma aprendizagem, em termos de História, do quotidiano em Portugal na época do Estado Novo e do que aconteceu em Moçambique entre os anos 60 e 70.

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